Arquitetura



TEMPLO BUDISTA NAMBEI SHINGONSHU DAIGOZAN JOMYOJI

Documentação Fotográfica.


Trabalho de Fotografia de Arquitetura, Urbanismo e Natureza, do Curso tecnológico em Fotografia, da Universidade Guarulhos, com realização de documentação fotográfica e escrita.
Professora orientadora: Neli Demonico de Mello


Universidade Guarulhos, 2015




Arquitetura Budista.
A Arquitetura de templos budistas, original da China e Coréia, servindo as necessidades dos monges e freiras que vivem no templo, servindo também para adoradores se reunirem. Um conjunto de construções com 7 estruturas básicas, o pagode, o salão principal, a sala de palestra, torre no sino, repositório para sutras, dormitórios e refeitórios. Era comum que o portão de entrada tivesse dois andares, o salão principal contém objetos de adoração, a sala de palestra nos templos antigos era a maior estrutura, usada por monges como lugar de estudo e instrução para realização de rituais. Dois tipos de torres eram predominantes, uma delas com sino que anunciava as horas de ritos religiosos e outra na qual os textos canônicos eram guardados (o repositório de sutras).
As cores usadas nas madeiras das edificações continham uma cor rica, o vermelho escuro, que é um método oriundo do continente, que normalmente é a mesma cor do telhado. 
 “O grande e majestoso telhado dos templos Budistas, o suave, mas solene telhado dos santuários, o pitoresco telhado das casas do país, o telhado das salas de chá, entre outros, são testemunhas da beleza encorpada de todos os telhados japoneses. A beleza desses telhados, porém, está associada diretamente a arquitetura de madeira.“  (SHEET, 2015)

História do Templo Budista Daigozan Jomyoji.
A história do templo começa ainda no Japão, com a família Nishioka, que vivia na província de Yamaguchi, onde Tsunesuke Nishioka se converteu à religião Budista, sendo nomeado como monge "Jomyo", auxiliando pessoas da região espiritualmente e socialmente. Veio ao Brasil, para cidade de Pereira Barreto no interior de São Paulo, não deixando de auxiliar as pessoas com sua devoção religiosa, principalmente na epidemia de malária. Mais tarde se mudou Para Suzano com seu filho Sadão, sua nora e netos, (não contém informações sobre datas).
 “Com o falecimento do monge Jomyo, seu filho Sadao por volta de seus 30 e poucos anos recebeu um "DOM", um "milagre", no qual da noite para o dia passou a saber todas as rezas e fundamentos Budistas.”  (JOMYOJI, 2015)

Assim, Sadao continuou  o trabalho de seu pai, inicialmente construindo uma capela chamada de "Odaishidô" auxiliando pessoas. Sadao voltou ao Japão e lá foi nomeado monge recebendo um novo nome: Monge Teizan, e voltou ao Brasil com seus seguidores resolvendo construir um templo em agradecimento aos santos que os auxiliavam, difundindo a religião Budista Shingon e a cultura do povo japonês aqui no Brasil,  hoje considerado o maior templo Budista da América do Sul. 
“Em homenagem ao falecido Monge Jomyo - Tsunesuke Nishioka - o templo recebeu o nome de "Jomyoji", além do nome da ramificação budista de seus fundadores, tendo como nome oficial Templo Budista Nambei Shingonshu Daigozan Jomyoji.” (JOMYOJI, 2015)


Construção do Templo Budista Daigozan Jomyoji.
A estrutura do Templo não faz uso de pregos, utilizando apenas encaixes com as madeiras, foi projetado e desenhado pelo Falecido Sr. Reijiro Nassu (não contém informações) Iniciando assim a construção no início do anos 1960, com mutirão de pessoas, sendo inaugurado oficialmente em 1963, mas a finalização total do templo durou 9 anos de muito trabalho (figs 01 á 05). A madeira é um material fresco no verão, quente no inverno e mais flexível quando sujeito a terremotos, por isso a escolha do material. Os templos e casas são bem elevados para ventilar melhor.

Figura 1 - Estrutura do Templo principal (Autor desconhecido)

 Figura 2- Sanguendô - Três Capelinhas (Autor Desconhecido)

 Figura 3 - Estruturas Externas (Autor Desconhecido)

Figura 4 - Mutirão para construção do Templo (Autor Desconhecido) 

Figura 5 - Pedras utilizadas na fundação (Autor Desconhecido)


Detalhes arquitetônicos.

Assim como no Japão  templo conta com as seguintes estruturas:
Portão de entrada "San-mon",com dois protetores/guardiões "Niosam", ambos com 2 metros de altura esculpidos em madeira.
Três capelas "Sanguendô" construídas em reverência, a Seiryu Gonguem (Santo da água),  Godairiki ( Santo protetor das pessoas e do trânsito), e Juntei Kannon –(Santo da saúde).
Antes de entrar ao salão principal, encontra-se um incensário/ mesa de castical, onde sempre é oferecido pelos fieis 2 incensos por cada pessoa, exite duas maneira de oferecer, nesse caso é o incenso de pé, mas em alguns templos pode ser os incensos deitados. Importante que no final junte as mãos e faça uma leve inclinação em sinal de respeito. A direita está a Deusa das mães e das crianças.
O Templo principal em estilo tipicamente japonês, onde de início se encontra uma caixa que normalmente estará escrito “donativos” para doações, destinadas à manutenção das pequenas necessidades do altar, como material de limpeza, óleo de lamparinas, fósforos, flores etc. No templo principal fica no altar o guardião principal de adoração "Fudomyo" de aproximadamente três metros de altura, esculpido em um único tronco de madeira. E ao lado do templo fica a casa de moradia dos monges com o nome de Curi.
O sino é algo importante no templo também, todos os dias se bate o sino duas vezes, primeiro às 6h que é o horário para acordar e às 18h como agradecimento pelo dia, e pelo trabalho.
Em todo o telhado do templo Budista Daigozan Jomyoji, há o símbolo Tomoe, ou Kamon (Fig. 6) que tem sua origem desconhecida, lembrando três vírgulas, turbulências, redemoinhos ou uma magatama. O símbolo contém vários significados, um deles é desenho em tomo, um protetor de braço usado por um arqueiro, o segundo é visto como tomoe magatama, que são elementos de design comuns em emblemas de famílias japonesas, e um dos mais conhecidos significados é a tríplice divisão: Homem, Terra e Céu. 
Figura 6 – Tomoe /Kamon (Autor desconhecido)

Documentação Fotografica Realizada por Samara Peixoto. (Acervo do Autor)






























Referências.

ESTUDO DO SAMURAI, Simbolos, Tomoe, as vírgulas dinâmicas, 2012 Disponível em: http://estudodosamurai.blogspot.com.br/2012_12_01_archive.html. Acessado em: 19/04/2015

FREITAS, Tatiane .Caracteristicas da arquitetura Japonesa, Arquivado no curso de Design de Interiores na UNINILTONLINS, 2015. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAWx0AL/caracteristicas-arquitetura-japonesa Acessado em: 18/04/2015

JAPAN FACT SHEET, Arquitetura, Uma Coexistência Harmoniosa de Tradição e Inovação. 2015 Disponível em: http://www.br.emb-japan.go.jp/cultura/pdf/arquitetura.pdf Acessado em: 18/04/2015.

JOMYOJI, Templo Budista Nambei Shingonshu Daigozan JomyojiO templo. Suzano, 2015. Disponível em: http://www.templojomyoji.org.br/templo.asp Acessado em: 18/04/2015

QUEIROZ, Zeti Muniz. Templo Budista Daigozan Jomyoji, da Associação Paulista da Igreja Budista Nambei Shingonshu. Ele é considerando o maior do Brasil, 2011. Disponível em: http://zeti-muniz.blogspot.com.br/2011/02/templo-budista-daigozan-jomyoji-da.html. Acessado em: 19/04/2015

TYOJUN, Sayuri. Regras para se visitar um templo Budista. 2015 Disponível em: http://jodoshinshu.com.br/autores/reva-sayuri-tyojun/regras-para-se-visitar-um-templo-budista/

WIKIPEDIA, Tomoe, 2015, Disponível: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tomoe Acesso em: 19/04/2015.


Imagens.

Figura 1: Disponível em: http://www.templojomyoji.org.br/templo.asp
Figura 2: Disponível em: http://www.templojomyoji.org.br/templo.asp
Figura 3: Disponível em: http://www.templojomyoji.org.br/templo.asp
Figura 4: Disponível em: http://www.templojomyoji.org.br/templo.asp
Figura 5: Disponível em: http://www.templojomyoji.org.br/templo.asp

Figura 6: Disponível em: http://estudodosamurai.blogspot.com.br/2012_12_01_archive.html

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